quinta-feira, 17 de julho de 2014

#adormecernosofá

Dormir é algo que faço com grande gosto e apreço. Dormir no sofá é algo que faço com o gosto e o apreço a duplicar. O sofá é uma peça de mobiliário que parece que me lança uma poção e me adormece como a Branca de Neve quando come a maçã envenenada. A única diferença neste momento de Bela Adormecida é que não sou acordada por um príncipe encantado num cavalo branco, mas sim pelo pescoço dormente e pelas dores nas costas.

Ontem foi mais um dos inúmeros dias em que adormeci no sofá. Até estava a ver um programa interessante, mas a magia das almofadas foi mais forte e deu-me uma sonolência tremenda impossível de derrotar. Passadas duas horas acordei com cara de ogre, prestes a babar e dormente da cabeça aos pés - não sei como é que nos filmes as atrizes acordam com aquele aspeto de spa. Arrastei-me até à cama e voltei a dormir que nem um bebé. Ranhoso. Com cara de dinossauro. 


sexta-feira, 11 de julho de 2014

#expressõesquedeviamestarnodicionário

Há umas semaninhas atrás passei o fim de semana com a minha mãe. Não é nenhuma novidade até aqui, o especial foi o local. Dito assim até parece que fomos para as Caraíbas, mas não. A malta é pobre, ficou por Lisboa e já se deu por contente.

Depois de uma consulta de dentista, mais precisamente de ortodontia dado que vou colocar aparelho nos dentes e parecer a Betty Feia – apenas um à parte – fomos bater perna no shopping. O que é “bater perna no shopping”? É, justamente, percorrer corredor a corredor de um qualquer centro comercial, entrando em todas as lojas, vendo e revendo as modas e comprando o mínimo. Chegámos a casa exauridas, com as pernas inchadas e prestes a desfalecer. Vestimos os pijamas e caímos para o lado.

Parecia mesmo que ia acabar por aqui não era? Não! No dia seguinte fomos a um almoço aniversário de duas amigas da minha mãe, minhas tias emprestadas. O almoço passou também a jantar e a tarde foi feita à mesa na conversa. Conversa essa muito didática e educativa. Aprendi que minissaia já não se chama minissaia, mas sim “abajur do pipi”. Já tinha ouvido “cinto” como sinónimo de minissaia, mas “abajur do pipi” é muito mais à frente e, por sinal, muito mais ilustrativo. “Síndrome Pocahontas” é outra expressão. Já nada similar a saias curtas que mostram o que devia estar tapado. Mas sim um sintoma físico que impede o ato de calçar qualquer género de calçado. Qual a principal razão? O Verão! E realmente é verdade. Fico com esta síndrome todos os anos, só ainda não lhe conhecia a denominação.


Por fim, oiço a minha mãe dizer “deves querer morrer calçado”. Pensei “será que ainda está a falar da síndrome Pocahontas?”. Não… É apenas uma ameaça para os espertos que se atravessam, literalmente, para a estrada quando estamos a conduzir. 


sábado, 5 de julho de 2014

#experiênciasnacozinha

Estou neste momento a ver o Masterchef USA e decidi escrever sobre a minha última experiência na cozinha que, modéstia à parte, ficou deliciosa. Confesso que cozinhar não é o meu maior talento, no entanto, às vezes sinto-me inspirada. Era quarta-feira e convenci o Diogo, o meu namorado, a vir jantar comigo. Como de costume, quando decidimos jantar em casa, vamos ao supermercado percorrer os corredores e ganhar inspiração para perceber o que nos apetece comer. Como fãs incondicionais de pita shoarma andávamos há algum tempo para experimentar pegar no pão pita e inventar. Na quarta-feira foi o dia em que a imaginação se tornou realidade. Comprámos o pão, fiambre e bacon aos quadradinhos, alface, tomate e pimento. Aquecemos o pão na frigideira. Salteámos tudo. E fizemos uma linha de montagem. Primeiramente, colocámos maionese de alho no pão pita, depois pusemos alface com todos os outros ingredientes por cima e o Diogo fez rolinhos tipo wrap. Parece uma seca a ler, mas comer é deveras sensacional. De ficar com água na boa. De querer mais. De desejar ter uma máquina que se carrega no botão e sai já feito. De querer guardar o meu namorado na despensa para ele me preparar uns quantos por dia. De babar. 

É melhor parar antes que ganhe coragem para levantar o rabo do sofá e ir preparar uma delícia destas para o almoço.